O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos, 2014.


Lá e de volta outra vez...

Eu adoraria escrever que uma tremenda surpresa aconteceu e, milagrosamente, o terceiro filme sobre Bilbo Bolseiro foi algo espetacular que me fez rever minha vida e morder a língua por ter malhado os filmes anteriores. A vida nem sempre é justa e surpresas boas nem sempre acontecem...

O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos consegue fechar a trilogia com chave de papelão: Peter Jackson, o megalomaníaco capitalista, tortura mais uma vez seus espectadores, tratando-os como estúpidos. O que vemos em tela é um desfile de inutilidades. Um emaranhado de gritos, espadadas e milhares de personagens em CG pululando na tela. É tudo tão execrável que fica difícil lembrar de tudo (e se tornaria uma impressão muito longa se assim o fosse). Vou apontar apenas aquilo que me incomodou mais (o que incomodou menos deixarei de fora). Só há um meio possível de expressar a ruindade da obra, e ela deve ocorrer por meio de "porquês". Vamos lá.

- Por que, ó Peter Jackson, você estendeu tanto o segundo filme?! Era plenamente possível encerrar toda a pataquada que você criou em apenas dois filmes. Você fez um verdadeiro coito interrompido com a questão do dragão Smaug no segundo filme para, agora, resolver tudo em 10 minutos.

- Por que, ó Senhor dos Filmes Longos, você pensou que duas horas de uma batalha que dura poucas páginas seria tão interessante para a plateia? Necessitava tanto torrar dinheiro com computação gráfica?

- Por que, ó Magnânimo Adorador de Tolkien, você simplesmente distorceu aquilo que é principal no livro: experimentarmos a Terra-Média através dos olhos de Bilbo Bolseiro? Somente no primeiro filme é que Bilbo tem destaque. Nesse último, em especial, ele nem precisaria aparecer. Foi um desperdício incrível da competente atuação do Martin Freeman (como Bilbo, ele se saiu um excelente Dr. Watson!).

- Por que, ó Mestre das Adaptações, você corrompeu uma das obras literárias mais belas, puras e graciosas já escritas em algo épico, falhando, também, miseravelmente em criar no espectador qualquer vontade de chegar em casa e assistir ao Senhor dos Anéis? O tom sério da trilogia d'O Hobbit é de embrulhar o estômago.

Outro ponto a ser destacado é a necessidade desnecessária de transformar o rosto de Dain Pé-de-Ferro em algo feito no computador. Por quê? Simplesmente, por quê?

Se há algo de bom neste novo filme é a sua duração: as quase 3 horas dos antecessores, agora se tornaram 2 horas e uns 10 minutos de tormento. O filme não tem história alguma, ele todo é uma sucessão de batalhas e decapitações (algo que praticamente, não ocorria nos filmes 1 e 2). Cansativo. Entediante.

Espero que o deslize imenso de Peter Jackson ao levar para as telonas a história de Bilbo Bolseiro não se repita em seus próximos filmes. Espero, sinceramente, que mais nenhum estúdio dê carta branca para Peter Jackson trabalhar com filmes que necessitem (ou que ele force) de continuações.

De tudo isso, uma questão paira no ar: " E se os filmes tivessem sido dirigidos por Guillermo Del Toro?" Pois é, nunca saberemos.

E eu achando que o filme novo das Tartarugas Ninja era a pior coisa que havia visto esse ano...



Alex Martire



Esse vídeo seria bem melhor:



Ou esse!




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