Os 12 Macacos, 1995.


Tarefa difícil escrever sobre "Os 12 Macacos". É um dos meus filmes preferidos. Sempre foi, desde seu lançamento. E mesmo quando assisti pela primeira vez, quando ainda era muito jovem pra entender direito a proposta do filme, eu o adorei. Creio que tenha sido por causa daqueles aparelhos todos que aparecem no filme, ou a cena em que o Bruce Willis veste aquela roupa meio de astronauta e se depara com uma Filadélfia no inverno repleta de animais selvagens: sempre amei filmes de ficção científica (e já escrevi sobre minha paixão por "Star Wars", que carrego desde a infância mais tenra).

Esse é o filme de sci-fi por excelência de Terry Gilliam. O único que trata diretamente sobre a ciência ficcional, e um dos que mais dá "pano pra manga" para reflexões. Não é um filme fácil e é necessária muita atenção para não se perder, pois, juntos com James Cole (Bruce Willis), viajamos a todo instante entre os anos 1990 e 1996 (e além). Em 1997 um vírus devastou 5 bilhões de humanos, deixando os animais soltos no mundo. No futuro, James Cole é um prisioneiro que é "voluntariado" a viajar para o passado a fim de entender como surgiu tal vírus. O problema, claro, é que ele é tido como louco quando regressa a 1990, e acaba internado num hospício, onde conhece a psiquiatra Kathryn Railly (a sempre bela Madeleine Stowe) e um colega também paciente, o Jeffrey Goines (em uma atuação muito boa de Brad Pitt). Goines é um fanático por animais e, com todas as reviravoltas do filme, Cole descobre que o sujeito estaria ligado a um grupo chamado "Exército dos 12 Macacos", responsável por liberar o vírus devastador.

Acho esse um dos filmes mais maduros de Gilliam. É um dos mais sérios, com certeza, e um dos que tem o final mais "negativo" dentro da filmografia do diretor. A mensagem que ele passa é bem interessante, para repensarmos se realmente esse mundo merece a raça humana, e se há soluções para o que fazemos com a Natureza sistematicamente. Curiosamente, é um dos filmes menos "gilliamnianos", na minha opinião: não há toda aquela viagem e fantasia dos filmes anteriores, mas o modo de narrar a história, algumas tomadas e pitadas de humor não deixam dúvidas de que seja mais uma grande obra de Terry Gilliam.

Alex Martire


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