Um Dia, 2011.


"Eu odiava você. Com bastante violência. Sinto muito, mas... Porque ela se iluminava perto de você. Não era assim comigo..."

Quase no fim de "Um Dia" a personagem de Ian, um comediante que havia vivido com Emma, profere essas palavras. E elas são verdadeiras: a moça passou vinte anos apaixonada por Dex, sendo apenas sua amiga. Ele é o estereótipo do homem que está mais preocupado com a quantidade de mulheres que arrasta para a cama do que com a qualidade delas. Quando finalmente cai em si, é tarde demais: a vida é irônica e cobra um preço alto - até pra os que amam e vivem sonhos se realizando.

A diretora Lone Scherfig é boa em contar romances sob a ótica feminina, já deu provas disso quando fez "Educação" (2009). Ela poderia simplesmente ter pego o roteiro adaptado do livro escrito por David Nicholls e ter transformado tudo em mais um filme fraquinho de romance intercalado com cenas de comédia. Mas Scherfig se mostra muito cônscia do material que tem em mãos: deu profundidade à história e, aliada a um competente diretor de fotografia, transformou Londres em um mundo azul: azul de tristeza e azul de nuvens (de amor). Juntamente a ela está aquela que ajuda a segurar o filme: Anne Hathaway. Ótima como sempre, a linda atriz faz uma interpretação convincente de mulher apaixonada que sofre com as notícias que Dexter (o não tão bom Jim Sturgess) vive trazendo. Uma pena que tenha faltado um ator melhor para contracenar com ela.

Confesso que esse tipo de filme não é o que me atrai com muita frequência, mas o final do filme realmente é do tipo que eu gosto e me cativou. Assisti por indicação, não me arrependi: acho que temos uma tendência a ver histórias que mostram como o amor pode machucar. C'est la vie...

Alex Martire




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